quinta-feira, 2 de julho de 2015

Redução da Maioridade Penal

O Brasil está a um passo de tomar mais uma daquelas decisões que pouco mudarão sua história. Trata-se da redução da maioridade penal. O povo, movido por um sentimento costumeiramente temporário, promove mais um debate político e um tanto quanto sensacionalista esperando, com isso, possíveis medidas solucionáveis. O que o povo e muito menos os políticos os quais ele elegeu não vêem é que, simplesmente, a questão não é redução da maioridade, e sim a qualidade do sistema prisional brasileiro. O que a Constituição Brasileira chama de Centro ou Casa de Recuperação, mais parece um CT militar. As medidas socio-educativas, que ultimamente ouve-se falar tanto, não passam de instruções e aulas sobre qual o valor mínimo que um seqüestrador deve exigir para se pagar um resgate, ou como assaltar um edifício inteiro sem ser captado pelas câmeras de segurança. Nessa situação, com a redução da idade mínima dos detentos, o caos aumentará ainda mais. Isso porque as celas ficarão cada vez mais superlotadas, dando mais motivos para se realizarem rebeliões e, conseqüentemente, fuga de inúmeros – sendo que destes, poucos são recapturados. Em meados do ano de 2006 viu-se um considerável investimento do Governo Federal nesse setor. A construção de penitenciárias com padrão norte-americano (câmeras de segurança em todos os corredores e bloqueadores de celulares) foi um passo dado à frente. Porém, elas são exclusivas de presos considerados perigosos e que no Brasil, curiosamente, são poucos. E os gastos para manter esses elementos são absurdos, suficientes para reformar algumas prisões nas regiões Sudeste e Nordeste, as mais precárias. Tentar limitar a faixa etária mínima dos criminosos é um erro. O que mais se espera disso, do jeito que as coisas vão, é um grande número de pré-adolescentes e até crianças atrás das grades, culpadas por crimes que qualquer adulto faria. Se jovens de 15 ou 16 anos são presos, passam 3 anos e conseguem liberdade e voltam a fazer o que faziam antes, é porque o defeito não é a idade, e sim a tal “Casa de Recuperação”. O povo e os políticos precisam rever seus debates e controlar suas emoções.

O Rei do Futebol

O craque Pelé Edison Arantes do Nascimento, com "i" mesmo, o Pelé, nasceu em 23 de outubro de 1940 (apesar de constar na Certidão de Nascimento o dia 21 de outubro), na cidade de Três Corações, Minas Gerais. É filho de Celeste e Dondinho (João Ramos do Nascimento). Começou no futebol jogando pela equipe infanto-juvenil do Bauru Atlético Clube, o Baquinho, time de futebol amador da cidade de Bauru, estado de São Paulo. Pelo Baquinho conquistou o bicampeonato da Liga Citadina em 1954 e 1955. Em 1956, Pelé foi levado por Waldemar de Britto, antigo meia-direita da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1934, para treinar no Santos e foi aprovado. Estreou pelo clube (equipe adulta) num jogo treino contra uma equipe da cidade de Cubatão reunindo alguns jogadores profissionais e das categorias menores (um mistão), vestindo pela primeira vez a camisa do peixe. O Santos vencera por 6 a 1, com quatro gols de Pelé. Como era apenas um jogo treino, o resultado não contou para as estatisticas de sua carreira e esses quatro gols nunca foram contabilizados, mas foram fundamentais para a sua carreira, acabando inclusive com o apelido de "Gasolina" que os jogadores mais velhos deram a ele. Depois desta apresentação passou a ser chamado por Pelé, como era no Bauru AC. Depois de mais ou menos um mês treinando com os mais velhos, teve finalmente a chance de jogar uma partida oficial. Foi no feriado de 7 de setembro de 1956, num amistoso do Santos contra o Corinthians, de Santo André-SP. O Santos ganhou de 7 x 1 e Pelé fez seu primeiro gol pelo clube (o sexto da goleada). O goleiro que sofreu o gol "0001" se chamava Zaluar Torres Rodrigues que faleceu em 1995. No time do Santos teve as maiores conquistas, ganhou mais de 40 taças e foi artilheiro do campeonato paulista em 11 oportunidades, sendo 9 consecutivas. Foi ainda artilheiro da Libertadores (em 1965, com seis gols), da Taça Brasil por três vezes (1961, 1963 e 1964) e do Torneio Rio-São Paulo em 1963. Apesar de ter feito mais de 1200 gols, nunca conseguiu o feito de ser artilheiro numa Copa do Mundo. Na Seleção Brasileira, Pelé estreou em 7 de julho de 1957, contra a Argentina, no Maracanã, na vitória do Brasil por 2 a 1. Pelé tinha 16 anos, oito meses e catorze dias de vida, tornando-se no jogador mais jovem a vestir a camisa do Brasil. Nesse dia, marcou também seu primeiro gol pela seleção. Já a sua despedida da Seleção Canarinho ocorreu em 18 de julho de 1971, no Maracanã, num amistoso contra a extinta seleção da Iugoslávia que terminou empatada por 2 a 2. Despediu-se do futebol em 2 de outubro de 1974, Santos 2 x 0 Ponte Preta, pelo campeonato paulista. Aos 22 minutos do segundo tempo, ele se ajoelhou no centro do campo, abriu os braços e virou para os quatro lados do campo. No ano seguinte recebeu uma proposta irrecusável e voltou a jogar, desta vez pelo Cosmos de Nova York. Estreou em 15 de junho de 1975 no campeonato norte-americano contra o Dallas Tornado (2x2), fazendo um dos gols de sua equipe. Dois anos depois, em 1° de outubro de 1977, se despedia em definitivo do futebol jogando meio tempo pelo Cosmos e meio tempo pelo Santos (Cosmos 2 x 1 Santos), fez um gol - o primeiro do Cosmos. No dia 15 de maio de 1981, o jornal francês L`equipe concedeu a Pelé o título de Atleta do Século numa pesquisa feita junto aos vinte mais importantes jornais do mundo. Ele teve 178 votos contra 169 do segundo colocado, o corredor norte-americano Jesse Owens, medalha de ouro nas Olímpiadas de 1936, em Berlim. A taça, de bronze, tem 80 centímetros e pesa 23 kg. CAMISAS QUE VESTIU (Seleções Nacionais, Regionais, Clubes Militares e outros.) Ao longo de sua carreira, Pelé atuou em diversas partidas festivas, e algumas equipes eram formadas com os nomes de "Amigos de Pelé", "Ex-Atletas do Cosmos", etc.. Dados como estes citados serviram como base a pesquisadores para formar a listagem de clubes e jogos em que atuou. Em alguns casos Pelé acabou por marcar mais gols e disputar mais jogos. Em outros os adversários não batem. Na Revista Placar - Tira Teima, de Novembro de 1997, é computado 1376 jogos disputados e 1284 gols marcados - existe ainda a formação de uma equipe denominada "Seleção de Amigos do Garrincha" que não é encontrada em outras fontes pesquisadas. No site da Editora Sextante, que serviu de base para este projeto, foi encontrado uma relação de jogos e gols da carreira de Pelé em que informa que o Rei fez 1285 gols em 1375 partidas. Em todo caso, este trabalho serve apenas de ponto de partida pois - e com certeza - aparecerão mais dados sobre o Rei do Futebol. Seguindo os dados obtidos, a relação das equipes (clubes e seleções) em que atuou são: » Seleção Brasileira » Seleção Brasileira de Seniores » Seleção Paulista » Seleção do Sudeste do Brasil » Seleção da Nigéria » Santos Futebol Clube, de Santos-SP » New York Cosmos, de Nova Iorque/EUA » Fluminense Foot-Ball Club, do Rio de Janeiro-RJ » Clube de Regatas Flamengo, do Rio de Janeiro-RJ » American All Stars, dos Estados Unidos » Combinado entre o Santos FC-SP e o CR Vasco da Gama-RJ » Ex-Atletas do Cosmos » Seleção do Resto do Mundo » Seleção de Amigos do Garrincha » Sindicato dos Atletas, de São Paulo » 6ª Guarda Costeira » Forças Armadas » Seleção das Forças Armadas » Seleção de Astros A discussão sobre o gol 1000 Oficialmente, o gol 1000 foi marcado de pênalti, no dia 19 de novembro de 1969, no jogo Santos 2 x 1 Vasco da Gama, no Maracanã, pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa. O goleiiro do vasco era o Argentino Andrada. Em maio de 1995, uma reportagem do jornal Folha de São Paulo encontrou um gol a mais do Rei Pelé no Campeonato Sul-Americano Militar de 1959 contra o Paraguai. O gol 1000, assim, teria acontecido cinco dias antes, em 14 de novembro de 1969, em um amistoso contra o Botafogo da Paraíba. Atualmente, algumas pesquisas para projetos como Pelé Eterno e Historiografia do Futebol Brasileiro, foram encontradas algumas partidas perdidas de Pelé. Estas pesquisas sugerem que o gol 1000 teria ocorrido em 12 de novembro de 1969, na partida Santos 4 x 0 Santa Cruz de Recife.